No mundo dos investimentos, o efeito bola de neve é uma “estratégia” que pode transformar pequenos aportes em um patrimônio significativo
Quando lidamos com investimentos, o “efeito bola de neve” é algo muito esperado. Aliás, este é um conceito que exemplifica como pequenos rendimentos podem gerar crescimento exponencial ao longo do tempo, quando esses rendimentos são reinvestidos de forma consistente.
Saiba como os ativos podem se beneficiar com os juros compostos. Ações como VALE3, PETR4, ITUB3 e outras podem fazer a diferença em um portfólio bem diversificado. No entanto, vale destacar que este conteúdo é apenas informativo e não deve ser considerado uma recomendação de investimentos.
Efeito bola de neve: o que é?
O efeito bola de neve, quando o assunto é investimento, trata-se de reinvestir — investir novamente — os rendimentos gerados por meio dos seus ativos. Esses investimentos podem ser dividendos ou juros sobre capital próprio e, uma vez que a empresa os tenha distribuído, o investidor reinveste o valor para aumentar seu patrimônio.
Isso vai aumentando o valor investido: à medida que o valor cresce, os rendimentos no futuro serão calculados com base em um valor maior, o que faz com que o valor total cresça cada vez mais.
Assim como nos desenhos animados, em que uma pequena bola de neve vai crescendo de maneira exponencial quando é rolada por uma colina, a mesma coisa acontece com o capital investido: com o tempo, ele cresce de maneira muito relevante!
Esse é um princípio muito importante dentro dos juros compostos (ou seja, juros sobre juros): quanto mais se reinveste, maior o valor total e, consequentemente, maior o valor do patrimônio ao longo dos anos!
Como funcionam os juros compostos: exemplo prático
Para compreender melhor, vale a pena usar um exemplo: uma pessoa investiu R$ 50.000,00 com uma taxa anual de retorno de 5%. No primeiro ano, ela teve R$ 2500,00 de retorno (ou seja, totalizando R$ 52.500,00 no total). Porém, ela decidiu reinvestir esse valor e, no ano seguinte, teve um total de 5% em cima do valor total, ou seja, R$ 2.625,00.
Esse processo vai se acumulando ao longo do tempo e, no final de 30 anos, essa pessoa tem um patrimônio acumulado estimado de R$ 205.806,78! Isso tudo graças ao efeito bola de neve.
É claro que esse valor pode ser muito maior com a adição de aportes constantes, mas esses cálculos já mostram como é possível crescer o patrimônio de forma relevante apenas reinvestindo os proventos vindos dos próprios ativos.
O efeito bola de neve e a inflação
A inflação, se não for levada em consideração, pode devorar o poder de compra dos seus rendimentos com o passar do tempo. Por isso, ao montar uma estratégia que depende do efeito bola de neve, é vital buscar investimentos que superem a inflação, garantindo que o seu capital cresça de verdade e não apenas em números.
Deixar esse fator de lado pode sufocar o potencial de crescimento do seu patrimônio. Contudo, focando em retornos que estejam à frente da inflação, pode-se mitigar essa ameaça e manter o crescimento dos seus investimentos de forma sólida e consistente.
A influência dos aportes regulares e da diversificação
Fazer aportes frequentes é como impulsionar o efeito bola de neve, acelerando o crescimento do capital com o passar do tempo. Mesmo que o valor inicial seja modesto, as contribuições periódicas alimentam o montante total e, naturalmente, geram mais rendimentos.
Diversificar seus investimentos também faz toda a diferença. Ao distribuir o capital entre várias classes de ativos, minimiza-se o risco e ampliam-se as chances de lucrar em diferentes setores do mercado.
Quando há o reinvestimento dos ganhos em um portfólio bem distribuído, o efeito bola de neve continua firme, mesmo que alguns ativos tenham uma fase de baixo desempenho.
Fonte da imagem em destaque: Foto de Burak The Weekender