A abordagem explora fontes como áudio, vídeo e texto não estruturados que podem revelar tendências, correlações e oportunidades únicas no mercado financeiro. Neste artigo, descubra as vantagens e pontos de atenção sobre dark analytics!
Em um mundo cada vez mais orientado por dados, a tecnologia está desempenhando um papel fundamental na análise e tomada de decisões no mercado de investimentos. Uma das tendências emergentes é o uso de dark analytics, uma abordagem que busca desvendar padrões ocultos e informações valiosas em conjuntos de dados complexos e de difícil acesso.
As inovações no mercado financeiro impulsionadas pela revolução digital estão transformando a gestão das empresas, tornando as transações financeiras mais eficientes e transparentes. Nesse contexto, a Inteligência Artificial (IA) tem desempenhado um papel fundamental.
Segundo relatórios da PricewaterhouseCoopers (PwC), desde 2021, 86% das organizações já consideravam a IA uma tecnologia dominante em suas operações diárias. Esse recurso permite a análise e o processamento de dados de maneiras que antes eram inimagináveis.
Com isso, conforme esclarecido em publicações de veículos como MIT Sloan Management Review e Forbes, a avaliação convencional de informações estruturadas e organizadas passa a não ser suficiente para explorar o potencial dos dados disponíveis. É aí que o dark analytics entra em cena.
Trata-se de uma abordagem avançada de análise de dados que vai além das técnicas tradicionais, explorando fontes não convencionais, como arquivos de áudio, vídeo e texto não estruturados, além de dados transacionais não utilizados. Essas fontes de informações contém insights ocultos que podem revelar tendências, correlações e oportunidades únicas no mercado de investimentos.
Vantagens e pontos de atenção sobre dark analytics
A principal vantagem do dark analytics é sua capacidade de descobrir padrões que normalmente passariam despercebidos pelas técnicas tradicionais de análise de dados. Por exemplo, uma análise como essa pode revelar relações complexas entre eventos aparentemente não relacionados, detectar sinais sutis em grandes volumes de dados desestruturados e até mesmo identificar riscos emergentes antes que se tornem evidentes.
Como ressaltado em artigos publicados por empresas como PwC e Deloitte, essa abordagem tem chamado a atenção de companhias e instituições financeiras que buscam uma vantagem competitiva no mercado de investimentos. Ao aplicar o dark analytics, elas podem obter materiais mais profundos sobre o comportamento dos mercados, o sentimento dos clientes investidores e as perspectivas de diferentes setores da economia.
No contexto da formação de carteira de investimento em renda fixa – bem como em outras áreas, como investimentos em criptomoedas, por exemplo –, o uso do dark analytics pode desempenhar um papel significativo. Por meio da análise avançada de dados não convencionais, é possível auxiliar investidores na tomada de decisões informadas, ajudando-os a selecionar os melhores ativos para suas aplicações.
Além disso, essa análise avançada de dados também oferece oportunidades para a detecção de fraudes e a melhoria da conformidade regulatória. Ao explorar conteúdos não estruturados, é possível identificar padrões suspeitos, comportamentos anômalos e potenciais violações de regulamentações financeiras.
É importante destacar, no entanto, que a aplicação desse recurso requer cuidado e ética em relação à privacidade das informações. A conformidade com as regulamentações de proteção de dados e o respeito à privacidade dos indivíduos são aspectos fundamentais que devem sempre ser considerados.
Investir em meio a um ecossistema digital
No setor financeiro, a IA tem sido amplamente adotada para automatizar processos, otimizar a gestão de riscos e fornecer serviços mais precisos e eficientes. De acordo com a PwC, 90% das empresas reconhecem a importância dos dados e análises como elementos essenciais em seus planos de transformação, e 59% estão em busca de capacitar suas equipes para lidar com essa tecnologia. Isso porque, o recurso tem o potencial de melhorar a experiência do cliente, oferecendo aconselhamento financeiro personalizado.
Além disso, à medida que empresas e bancos buscam se adaptar à nova realidade, muitos estão evoluindo para se tornarem ecossistemas digitais. Segundo um estudo da Economist, 47% dos executivos de instituições financeiras esperam que suas empresas se transformem em ecossistemas digitais, oferecendo produtos e serviços próprios, além de serviços de terceiros, abrangendo tanto o setor bancário quanto o não bancário. Essa tendência reflete a crescente integração de diversos serviços financeiros em uma única plataforma.